São Jerônimo, sincretizado com Xangô no Brasil, nasceu de uma família abastada, provavelmente no ano 331, na cidade de Stridova, entre a Croácia e a Hungria. Estudou em Roma, especializando-se na arte da oratória. Como sua juventude fora dedicada à vida mundana, Jerônimo tardou seu batizado e, em carta ao papa, ele vislumbrou para si um batismo de fogo no qual suas máculas seriam queimadas. Após ter copiado dois livros de Santo Hilário, ele decidiu estudar teologia. Mas sua leitura favorita continuava a ser a literatura dos grandes legisladores e oradores, como Cícero.
Aos 43 anos, ele esteve muito doente e permaneceu muito tempo acamado, durante a Quaresma, jejuou e teve visões, vendo-se diante do trono do Senhor.
Resolve dedicar-se a uma vida monástica, isolando-se no deserto de Marônia, na Síria. Livros, penas e nanquim são seus companheiros. Para combater a pensamentos impuros, pegava uma pedra e batia em seu peito, punindo-se... logo após voltava a escrever em hebraico, onde se tornou mestre nessa língua.
O sincretismo entre Xangô e São Jerônimo está no temperamento forte, crítico e na medida que ambos são conhecedores de leis e mandamentos. Xangô tem como lugar às pedreiras. Sua imagem é representada por um ancião sentado sobre as pedras, segurando a tábua dos 10 Mandamentos e com um leão ao lado. Xangô tem sua falange também, o mais conhecido é Xangô Kaô.
Na incorporação de Xangô podemos ver o médium curvado, como uma pessoa idosa e com os braços cruzados sobre o peito, batendo firmemente, assim como S. Jerônimo fazia com as pedras em seu peito para afastar os males da carne e a tentação do espírito.
Cor: Marrom.
Guia: Contas de cristal marrom escuro, com ou sem crucifixo de madeira.
Vestes: roupas de cor marrom e branca.
Local: Pedreiras.