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terça-feira, 23 de agosto de 2011

ORGANOGRAMA DO REINOS DOS EXUS

MAIORAL

LUCIFER BELZEBUTH ASTHAROTH

Lucifugo rocales Exu MOR Exu Rei das 7
encruzilhada



put satanakia agalieraps tarchimache fleurity sagathana nesbirros

marabo mangueira tranca ruas tiriri veludo exu dos rios




Cantigas Secretas de Egungun

Ritual Jêje – (Sirrum)

Saudação:
Do manã Avalú elo ô,
Do manã Avalú jé roissô
Nainhê jí tu sabé deinho
Do manã Avalú já roissô
Sokó Beré
Iná Sakóeré
Etú nainhê sobe deinhó
Do manan Avalú já Roinssó


Invocação:
Avalumã, shenuê e shenuê
Shenuê, shenuê e, shenuê
Avalumã shenuê ago no shokotô

Houn já fineuá e, fineuá
Fineuá fineuá
Agô no shokotô.

E azan barékessé…zan
Azan berekessé..zan
Azan bá Egun

Obé ké makundo
Kunjala, jála obé
Obé ké makundo

Egun ma houn belé
Rekanssô marruô
Houn Belé Sogbô, hounbelé
Ma houn belé rakanssô marruô

Aziri in mamú ê
Aziri in mamu á
Idabaê, Aziri in mamí á


Ritual Yorubá – (Zerin)
Invocação: Murace bí
Babá Kosé bé
Muracebi
Babe Kosé
Yá mofú inã
Yá ko izô
Yá kosé bé
Yá kota d´ele seLése Korré zó
O murecebi Babá Kosé

Ikú to loxê Aparaká
Ikú to loxê Aparaká,
E a larê,
Ikú oló re ô


Jêje – Yorubá
Invocação: Mauá, Mauá, Mauá
Vodunci ilê Mauá
Vodunci ilá Mauá

NOMES DE ALGUNS BABÁS EGÚNS

BABÁS EGÚNS FAMOSOS – Nigéria – Benin – Bahia – Pernambuco

Estes são alguns dos Babás Egungun mais famosos no eixo África - Brasil.

Ojé Ladê – Opetenan – Fatunuké – MamaTeni – Atô – Arô – Ologbojô – Aguian – Baká Baká - Alapiagan – Jootolú – Obilaré – Okin – Arisojí – Ode Layielú – Oba Olá – Oyá Biyí – Lapampa – Sembé – Aparaká – Olúlu – Oyé Ati – Élewe – Alarinsó – Ajóbiéwe – Ajofoyinbó – Aiyegunlá – Alapansanpa – Elegbodó – Awuró - Ijépa – Épa – Élé Fin – Ilóró – Pepéiye – Olókótun – Nouvavou – Mazaca – Zazi Boulonin – Zantahí – Wawá – Nibho – Rataloni – Obé Erin – Ólójé – Ólóhan – Olóbá – Aládáfa – Eléfí, Babá ALAPALÁ e Babá BANBUSHÊ ADINIMÓDÓ.

DIFERENÇA DE EGUN P/ EGUNGUN

Não se pode confundir Egun e Egungun. Eguns são todos os espíritos de pessoas falecidas. Egunguns são espíritos de sacerdotes e sacerdotisas falecidos, ou seja, pessoas que foram iniciadas no ritual do Orixá ou no próprio ritual de Egungun.


Enquanto no âmbito dos Eguns,os Egunguns são espíritos antepassados que cuidam em dar continuidade à cultura e às tradições étnicas e tribais, para que seus sucessores (os vivos) tenham a melhor condição de vida possível. Egungun não aceita a mentira e a depravação e tão pouco a corrupção dos costumes e da ritualística. No final do século XX e agora no século XXI, algumas tentativas de espalhar o ritual já foram feitas. Algumasm embates contra as tropas de Palmares. Não teríamos esta relação e este conhecimento, não fossem os ensinamentos místicos que com sucesso, outras não. Há que se ressaltar a homenagem ao grande Alagbá Aliba (Eduardo Daniel de Paula) na condução do ritual de Egun em Amoreira. Também destaque para Didi (Deoscoredes dos Santos), o Alapini de Itaparica, no seu trabalho de sucessão do falecido Aliba. Apenas para demonstrar o poder do ritual de Egungun e seus sacerdotes, destacamos da lista de Egungun acima o Babá Bambuxé Adinimodó, que em 1660 foi sumo sacerdote do Quilombo dos Palmares, em Alagoas, e encarregado pelo destino (Odú) de preservar, no Brasil, através dos ensinamentos, a raiz das tradições das diversas tribos africanas, para cá trazidas durante o nefasto tráfico de escravos. Bambuxé foi a alma , o espírito, o corpo e a mente estratégica e espiritual de Palmares, tendo como assessor o Tata Kaundê e juntos deram muito trabalho às investidas dos soldados e comandantes brancos eBambuxê nos legou através dos diversos discípulos que consagrou.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

candomble de caboclo



No século passado, quando surgiram os primeiros Candomblés de Caboclos, as reuniões eram realizadas aos domingos durante o dia.

Caboclo não tinha feitura, como não tem. Não pinta, não raspa, o que se costuma fazer é preparar, cortar um pouco do cabelo do alto da cabeça. Não há dijina.

Usa-se uma pintura chamada acatun apenas para definir sua origem.

Nos antigos Candomblés de Caboclo, não se usava atabaques; mas, sim cabaças grandes chamadas takis e outras chamadas yá. Com o decorrer do tempo, passou-se a se utilizar o atabaque (que em Angola denomina-se ungoma).

Não se usava o agôgo; usava-se o caxixi. Também não se usava o adjá para puxar o caboclo. O caboclo vinha sempre em sua toada ou cantiga.

Eis algumas expressões usadas nas reuniões de caboclo:

* água doce = acambicú
* água salgada = kimbusú
* mel de abelha = kiamunibá
* sal = adukó
* farinha = camunfió
* pedir a benção = adisuá
* Deus lhe abençoe = adisó

Nos Candomblés de Caboclo, eles não usam aqueles ojás, que são de uso exclusivo dos orixás. Mas, usam uma tira de pano chamada de atakan ou uji atakan fu ker, que faz segurar o caboclo e é amarrado a altura do busto.

ALGUNS FUNDAMENTOS A SEREM USADOS NA UMBANDA

Existem alguns conceitos básicos que são encontrados na maioria das casas e assim podem, com certa ressalva e cuidado, ser generalizados para todas as formas de umbanda. São eles:

  • A existência de uma fonte criadora universal, um Deus supremo, chamado Olorum. Algumas das entidades, quando incorporadas, podem nomeá-lo de outra forma, como por exemplo Zambi para pretos-velho, Tupã para caboclos, entre outros, mas são todos o mesmo Deus;
  • A obediência aos ensinamentos básicos dos valores humanos, como: fraternidade, caridade e respeito ao próximo. Sendo a caridade uma máxima encontrada em todas as manifestações existentes;
  • O culto aos orixás como manifestações divinas (alguns umbandistas cultuam a chamada umbanda branca ,esta no entanto não cultua os orixás, sendo unicamente voltada ao culto se caboclos, pretos velhos e crianças), em que cada orixá controla e se confunde com um elemento da natureza do planeta ou da própria personalidade humana, em suas necessidades e construções de vida e sobrevivência;
  • A manifestação dos Guias para exercer o trabalho espiritual incorporado em seus médiuns ou "aparelhos";
  • O mediunismo como forma de contato entre o mundo físico e o espiritual, manifesta de diferentes formas;
  • Uma doutrina, uma regra, uma conduta moral e espiritual que é seguida em cada casa de forma variada e diferenciada, mas que existe para nortear os trabalhos de cada terreiro;
  • A crença na imortalidade da alma;
  • A crença na reencarnação e nas leis cármicas;

ALGUNS DOS PRINCIPAIS RITOS EXISTENTE NO BRASIL

Babassuê = Para

Pajelança = Amazonas ao Piauí

Tambor = Maranhão

Catimbó = Nordeste

Xangô = Pernambuco

Torê = Alagoas

Candomblé = Bahia

Malês ou Muçurumi = Rio de Janeiro

Batuque ou Culto de Nação = Sul do Brasil

A NAÇÃO OMOLOKO

Certos da importância da cultura negra e ameríndia em nosso país, decidimos compartilhar as informações que foram pesquisadas sobre o ritual religioso conhecido como Nação de Omoloko. Como em todas os rituais que compõem a religião afro-ameríndia-brasileira, há variações entre uma casa de culto e outra onde o ritual de nação Omoloko é praticado.

A importância de se conhecer um pouco desse ritual está ligada a própria história do NEGRO e do ÍNDIO em nosso país. Tradicionalmente européia, Santa Catarina registra em seu passado histórico um forte domínio da cultura branca, a começar pelos próprios portugueses açorianos que povoaram o litoral sul do Brasil, além é claro dos alemães e italianos, hoje fortemente representados e reconhecidos em todo território nacional pelas festas de outubro.

Onde entram as parcelas Negra e Ameríndia na formação cultural do Sul do Brasil ? Partindo de uma pesquisa sobre a cultura afro-brasileira da Grande Florianópolis, decidimos tornar público o material pesquisado, possibilitando uma viagem pela história que até pouco tempo era contada sem a preocupação do registro formal, tão necessário para a sua permanência na posteridade. Durante a pesquisa realizada sobre os rituais afro-brasileiros existentes na Grande Florianópolis, identificamos a Umbanda como sendo a prática ritualística mais tradicional ainda em atividade. Ela apresenta-se com diversas sub-denominações para seus rituais entre as quais Umbanda de Omoloko. O Omoloko, apresenta-se como um segmento de origem africana que surgiu no Brasil oriundo de uma miscigenação que ocorreu na época da escravidão. Afinal, os rituais religiosos que encontramos atualmente nos terreiros são heranças de um tempo onde a cultura negra era envolvida num sincretismo que unia os orixás africanos aos santos católicos. Nas senzalas, a cultura negra ricamente representada era mantida de forma original aos olhos dos negros e paramentada com formas e objetos que pudessem satisfazer os interesses dos senhores donos das terras. Como relatam inúmeros autores que escreveram sobre religião afro-brasileira, por baixo das imagens de santos católicos estavam "assentados" os Orixás.

O Omoloko é originário do Rio de Janeiro, que também serviu de berço para o surgimento da Umbanda, conforme relatam alguns estudiosos. No Rio de Janeiro, antes mesmo da origem oficial da Umbanda (1908), já eram comuns práticas afro-brasileiras similares ao que hoje conhecemos como Cabula e Omoloko. A cultura de um país é avaliada pelos reflexos conjunturais das atividades: científicas, artísticas e religiosas de um povo. Evidentemente essa cultura foi adquirida aos poucos, advindas de outras culturas através dos séculos. Segundo Tancredo da Silva Pinto, Tatá Ti Inkice, em seu livro Culto Omoloko - Os Filhos de Terreiro - Omoloko é uma palavra yoruba, que significa: Omo - filho e Oko - fazenda, zona rural onde esse culto, por causa da repressão policial que havia naquela época, os rituais eram realizados na mata ou em lugar de difícil acesso dentro das fazendas dos donos de escravos. Talvez por causa disso hoje temos as denominações de “terreiro e roça” para os lugares onde os cultos afro-brasileiros são realizados. Nesse culto os orixás possuem nomes yoruba (Nagô), até seus Oriki (tudo aquilo que se relaciona ao Orixá) e seu Orukó (nome) são trazidos através do jogo de búzios ou Ifá. Seus assentamentos parecem-se com os do candomblé Nagô. Os Exus também são feitos de argila a semelhança de uma pessoa ou então simbolicamente em ferro. Podemos relacionar o significado da palavra Omoloko também ao Orixá Okô, a deusa da agricultura, que era adorado nas noites de lua nova pelas mulheres agricultoras de inhame. Antigamente, o Orixá Oko era muito cultuado no Rio de Janeiro. Esse Orixá era assentado junto com Oxossi, o que viria dar maior consistência a origem do culto Omoloko que é fortemente influenciado por Oxossí. O culto a Oxóssi é o que melhor marca o contexto religioso dos negros afro-brasileiros, bastando que para isso notarmos o destaque dado ao culto de caboclo, que está intrinsecamente ligado a Oxossi. Também segundo o Tatá Ti Inkice Tancredo da Silva Pinto, considerado o organizador do culto Omoloko no Brasil, na África, os sacerdotes do culto Omoloko realizavam suas liturgias em noites de lua cheia sob a copa de uma frondosa árvore carregada de frutos parecidos com maçã. Segundo ele, o culto Omoloko chegou ao Brasil proveniente do sul de Angola, onde era praticado por uma pequena nação pertencente ao grupo Lunda-Quiôco que ficava as margens do rio Zambeze, que chamavam Zâmbi e que lhes fornecia alimentação no período das cheias.

OMOLOCO UMBANDA OU CANDOMBLÉ ?

Omoloko é Umbanda ou Candomblé? “ A resposta só poderia ser uma única: Omoloko é ambas. Umbanda porque aceita em seus rituais o culto ao Caboclo e ao Preto-Velho. Candomblé porque cultua os Orixás africanos com suas cantigas em Yoruba ou Angola, pois como já disse anteriormente esse ritual foi fortemente influenciado pelas duas culturas. Como pode-se ver, o ritual Omoloko não poderia ser encaixado no grupo dos Candomblés chamados tradicionais, aqueles que cultuam somente orixás africanos, pelo motivo de que no Omoloko são cultuados os Caboclos e Pretos-Velhos. Porém pode ser encaixado nos candomblés não-tradicionais, isto é, aqueles que cultuam orixás africanos e Caboclos e Pretos-Velhos. Também como pode-se notar, a Nação Omoloko poderia ser encaixada no grupo chamado Umbanda, uma vez que cultua-se Caboclos e Pretos-Velhos, entidades genuinamente de Umbanda e há uma forte sincretização católica. Ele encaixa-se também como Umbanda quando refere-se a um grande grupo religioso, a Religião de Umbanda. Então nesse momento o povo de Omoloko se auto intitula Umbandista, cujo culto é voltado aos Caboclos e Pretos-Velhos e que sigam a doutrina de amor ao próximo.