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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

CERIMÔNIA FUNEBRE – UMBANDA

RITUAL DE PURIFICAÇÃO DO CORPO E ENCAMINHAMENTO DO ESPÍRITO

Purificação do Corpo:

1. Purificação do corpo com incenso
2. Purificação do corpo com água consagrada
3. Cruzamento do corpo com a pemba branca consagrada
4. Cruzamento do corpo com óleo de oliva consagrado
5. Borrifação do corpo com essências e óleos aromáticos
Encomenda do Espírito:

1. Apresentação do falecido
2. Palavras acerca dos espíritos
3. Prece ao Divino Criador Olorum
4. Canto de Oxalá
5. Hino de Umbanda
6. Canto de Obaluaiyê
7. Canto ao Orixá de cabeça do falecido
8. Despedida dos presentes
9. Fechamento da arca funerária (caixão)
10. Transporte do corpo ao cemitério
11. Enterro do corpo
12. Cruzamento da cova onde foi enterrado
Purificação do Corpo: como o sacerdote umbandista deve proceder
1. Purificação do corpo com incenso: o sacerdote deve incensar o corpo do falecido proferindo estas palavras:
- Irmão (nome completo) neste momento eu incenso o seu antigo corpo carnal e peço a Deus que onde você estiver neste momento que o seu espírito receba este incensamento e sejam purificados de todos os resquícios materiais ainda agregados nele, tornando-o mais leve e mais puro para que você possa alçar seu vôo espiritual rumo às esferas superiores da vida.
2. Purificação do corpo com a água consagrada:
- Irmão (nome completo) neste momento eu purifico o seu antigo corpo carnal com a água consagrada e peço a Deus que onde você estiver neste momento que o seu espírito receba esta purificação de todos os resquícios materiais ainda agregados nele, tornando-o mais puro para que você possa alçar seu vôo espiritual rumo às esferas superiores da vida. excluir

3. Cruzamento com a pemba branca consagrada: – Cruzar a testa, a garganta e as costas das mãos, dizendo estas palavras:
- Irmão (nome completo) neste momento eu cruzo o seu antigo corpo carnal com a pemba branca consagrada e peço a Deus que onde você estiver neste momento que o seu espírito fique livre de todos os resquícios dos cruzamentos materiais ainda agregados nele, desobrigando-o de responder àqueles que fizeram esses cruzamentos em você quando ainda vivia no plano material e com isso torno-o livre para que você possa alçar seu vôo espiritual rumo às esferas superiores da vida.
4. Cruzamento com o óleo de oliva consagrado: – Untar o ori, cruzar a testa, cruzar as costas das mãos e o peito do corpo do falecido, dizendo estas palavras:
- Irmão (nome completo) neste momento eu unto o seu ori anulando nele todos os resquícios das firmezas de forças feitas em sua coroa e retiro dela a mão de quem as fez purificando o seu espírito e livrando-o de ter que responder aos chamamentos de quem quer que seja e que tenha permanecido no plano material ou de quem quer que seja e que ainda se sinta seu superior e seu responsável nos assuntos relacionados as suas antigas práticas religiosas, e com isso torno-o livre para que você possa alçar seu vôo espiritual rumo às esferas superiores da vida.
5. Aspergir com essências e óleos aromáticos:
- Aspergir com uma essência aromática desde a cabeça até os pés, o corpo do falecido
- Aspergir com um óleo aromático desde a cabeça até os pés, o corpo do falecido.
Durante esses atos devem ser ditas estas palavras: – Irmão (nome completo) onde quer que você esteja neste momento que o seu espírito seja envolvido por esta essência e este óleo para que assim você possa alçar seu vôo rumo às esferas superiores envolto numa aura perfumada e com o seu espírito livre de quaisquer resquícios materiais que nele ainda pudessem ter restado.
Encomenda do Espírito excluir

I. Apresentação do falecido: – O próprio sacerdote ministrante ou uma pessoa que conheceu bem o falecido deve neste momento da cerimônia fúnebre dizer algumas palavras sobre ele aos presentes.

II. Palavras acerca da missão do espírito que encarna: – O sacerdote ministrante deve recitar algum texto escolhido por ele ou recitar de si mesmo algumas palavras acerca da missão do espírito que encarna e do que ele leva para o mundo dos espíritos quando do seu retorno à morada maior.

III. Prece ao Divino Criador Olorum ( Deus): Olorum, Senhor nosso Deus e nosso Divino Criador, ei-nos reunidos à volta do corpo carnal do teu filho (citar nome completo) que cumpriu sua passagem pela terra com fé, amor, e confiança, e não esmoreceu em momento algum diante das provações a que se submeteu para que pudesse evoluir e aperfeiçoar ainda mais a sua consciência acerca da Tua Grandeza, Senhor Nosso Pai! Acolha seu espírito que já retornou ao mundo maior onde está a morada dos que O servem com humildade, fé e caridade Senhor Nosso Pai! Envolva-o na Tua Luz Divina e Ampare-o no Teu amor eterno, Senhor Nosso Pai. Amém!

IV. Canto de Oxalá: – O sacerdote ministrante ou a corimba deve puxar um ponto cantado de Oxalá, e após ele terminar deve dirigir algumas palavras a este Orixá maior na Umbanda solicitando-lhe que acolha o espírito do falecido, ampare-o e direcione-o para as esferas superiores do mundo espiritual.

V. Hino de Umbanda: – O sacerdote ministrante ou a corimba deve cantar o hino de Umbanda em homenagem ao espírito do falecido que durante a sua passagem pela terra seguiu a religião umbandista. excluir

VI. Canto de Obaluaiyê: – O sacerdote ministrante ou a corimba deve cantar um ponto de Obaluaiyê e após ele terminar deve dirigir algumas palavras a este Orixá que é o Senhor das Almas e do Campo Santo para que acolha o espírito do falecido e ampare-o durante o seu transe de passagem do plano material para o plano espiritual direcionando-o para o seu lugar nas esferas espirituais.

VII. Canto ao Orixá de cabeça do falecido: – O sacerdote ministrante deve proferir algumas palavras sobre o Orixá de cabeça do falecido pedindo-lhe que ampare o espírito do seu filho(a) durante seu retorno ao mundo dos espíritos.

VIII. Despedida dos presentes na cerimônia: – Todos os presentes, começando pelos seus familiares devem dar a volta no caixão onde está depositado o corpo do falecido despedindo-se dele e desejando-lhe uma vida luminosa e virtuosa no mundo espiritual.

IX. Fechamento do caixão: – O caixão deve ser fechado pela pessoa responsável pela funerária encarregada do seu enterro.

X. Transporte do corpo ao cemitério: – Se esta cerimônia foi realizada no centro onde o falecido freqüentava ou em sua casa o caixão deve ser carregado pelos seus familiares e amigos até o veiculo que o transportará até o cemitério onde deve ser enterrado. Mas se esta cerimônia for realizada na capela do cemitério onde será enterrado, então o seu transporte deverá ser feito desde a capela até o seu túmulo através do meio que for recomendado pelos responsáveis pelo cemitério onde ele será enterrado.

XI. Enterro do corpo: – o caixão, após ser depositado dentro da cova deve receber uma fina camada de pemba ralada antes que seja coberto de terra. excluir

XII. Cruzamento da cova onde o falecido foi enterrado: – Após o túmulo ser coberto de terra e as flores serem depositadas sobre ele o sacerdote ministrante deve cerca-la com pemba ralada criando um circulo protetor a sua volta, e deve acender quatro velas brancas, uma acima da cabeça, uma abaixo dos pés, uma do lado direito e outra do lado esquerdo formando uma cruz, e proferir estas palavras: – Divino criador Olorum, amado Pai Obaluaiyê, amado Pai Omulú, senhores guardiões do Campo Santo, aqui eu selo e cruzo a cova onde (fulano de tal) teve seu corpo enterrado impedindo assim que ela venha a ser profanada e impedindo que seu espírito venha a ser perturbado por quaisquer ações que possam ser intentadas contra ele a partir de agora.Amém!

CERIMÔNIA FÚNEBRE

(Texto extraído do livro “Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada