Sempre que alguém deseja penetrar nos mistérios, depara-se com uma barreira, uma defesa, que se aparentemente tudo revela, no entanto tudo oculta.
São símbolos sagrados!
Uma cruz encerra em si mesma tantas interpretações quantas conseguirmos formular.
Uma estrela comporta tantas analogias que nada lhe escapa.
Um duplo triângulo entrelaçado fascina tanto, que nos é impossível escaparmos de suas influencias.
Uma espada nos lança num confronto com nosso íntimo sobre as nossas mais convictas crenças, certezas e concepções.
Uma balança tem o poder de lançar-nos na maior das dúvidas: estou certo ou errado?
É claro que aí são apresentados como símbolos arquétipos que encerram em si mesmos poderes, qualidades, atributos e atribuições supra-humanas e que por isso mesmo nos atraem, envolvem e nos conduzem através dos encantos, magias e mistérios da criação.
O grande enigma de sempre, e que tanto incomoda os pensadores, é a natureza de Deus. Mas se ela é inalcançável, no entanto podemos senti-la caso nos coloquemos sob a influência de um símbolo sagrado.
Ou não é assim que acontece?
Um cristão, budista, espírita, pode estudar a religião islâmica que nunca conseguirá tocar em seus mistérios mais ocultos e muito menos sentir a magnífica e divina irradiação que o luminoso quarto crescente traz encerrado em si mesmo, mas só é sensível àqueles que se colocam conscientemente e religiosamente sob a sua influência.
Toda uma religião e seus mistérios divinos estão sintetizados “simbolicamente”numa das fases da lua: o quarto crescente!
Para um islamita, este símbolo encerra uma lei revelada, e ao mesmo tempo revela toda uma lei. E mais não precisa ser acrescentado ao seu sagrado quarto crescente, pois em si mesmo seu símbolo sagrado a ele tudo revela bastando para tanto que se coloque sob a sua irradiação divina.
Esta é uma interpretação, um cristão pode dar uma relação à sua cruz sagrada. E um judeu tem a sua estrela de seis pontas a ampara-lo onde quer que esteja. Por isto, na Tradição, o estudo dos símbolos sagrados nos atrai tanto: eles encerram e ocultam mistérios sequer imaginados por nós! Na Tradição, o estudo dos símbolos sagrados é
fonte inesgotável de conhecimentos dos mistérios, divinos por natureza e sagrados por suas excelências divinas.
Jamais, por mais que os estudemos, conseguiremos esgotar os mistérios por trás dos símbolos sagrados. E, se assim é, é porque eles são, ao mesmo tempo, chaves e portas para infinitos vestíbulos totalmente ocupados por mistérios da criação, que têm por função nos conduzir ao “interior” de Deus.
Nós, atualmente, temos símbolos sagrados novos ou recentes, que sustentam a fé e a religiosidade de toda a humanidade.
Temos a cruz, a estrela de seis pontas, o ying e yang.. e mais alguns para não nos aprofundarmos muito, que atendem a todas as necessidades imediatas da humanidade no seu atual estágio cultural e evolutivo.
Mas no passado longínquo tivemos outros símbolos, também sagrados, e que ainda encerram e ocultam em si mesmos todos os mistérios da criação.
Vamos a alguns deles:
· a cruz gamada.
· a estrela de cinco pontas.
· a serpente do arco-íris.
· a pirâmide eqüilátera.
· o triângulo equilátero.
· o círculo quadriculado
· a cobra-coral.
· a serpente dourada.
· as sete luas.
Fiquemos só com estes símbolos, senão abordaremos religiões pertencentes a outras eras, tão antigas quanto improváveis no plano material devido ao imenso lapso de tempo já existente.
(texto extraído do livro: “O Código de Umbanda” – obra inspirada pelos mestres de luz Sr. Ogum Beira Mar, Pai Benedito de Aruanda, Li-Mahi-An-Seri yê, Seiman Hamiser yê e Mestre Anaanda e psicografada por Rubens Saraceni).